quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Manuel Antonio de Almeida, o inovador.

 
Não considerado pelos literatos de então como apto à enfileirar-se entre eles, Manuel A. de Almeida, com "Memória de um sargento de milícias", romance dos mais divulgados, mostrou em sua trivialidade os mais fortes caracteres entre os românticos.
  Descompromissado, sem intenção de submeter Memórias às regras literárias, dirigindo-se à um público de jornal, despejou-se de todo artifício, aproximou-se da linguagem coloquial, abusou da caricatura, provocou o riso,Manuel Antonio evitou tudo que se aproximasse do ataque direto, da reconstituição imediata (inclusive usou o subterfúgio de alegrar uma época anterior à sua, para maior liberdade de análise nos seus folhetins) e soube fazer isso tudo, conservando-se fiel ao quadro dos costumes que lhe passavam aos olhos.Alcançando um público que dificilmente seria conseguido por outro meio, Manuel Antonio, com a intenção única de provocar o riso, fêz com que a  ficção brasileira, desse passo adiante sob essa adesão numerosa.A visão pitoresca e irônica da sociedade colonial, entraria para a literatura como obra-prima, tal é o respeito que seguidamente vem impondo aos estudiosos das nossas coisas, Manuel Antonio de Almeida, nascido em 1831, viria a falecer em 1861, tendo uma obra interrompida às vésperas do aparecimento do indianismo, esta, uma nova perspectiva romântica, cujos fundamentos históricos e sociais, já estavam lançados

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